COE  

sábado, 19 de setembro de 2009

COE
Comandos e Operações Especiais
O COE ou Comandos e Operações Especiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo é a primeira companhia do Quarto Batalhão de Polícia de Choque da PMESP.

Histórico
Atualmente, o COE está dimensionado e preparado para a execução de tarefas especiais de caráter policial, predominantemente em áreas rurais. Entretanto, o nascimento da unidade se deu em circunstâncias bem diferentes.

1960
A guerrilha iniciada no Brasil na década de 60, trazida por guerrilheiros de ideologias de esquerda , deflagrou uma onda de seqüestros de embaixadores e diplomatas, cuja a libertação custava a soltura de seus companheiros aprisionados, constantes assaltos a bancos, ataques a sentinelas visando o roubo de armas e incêndios em viaturas.

1965
A partir de 1965 ocorreram no Brasil vários focos de guerrilha, começando pelo Rio Grande do Sul, um foco comandado pelo ex Coronel do Exército Brasileiro, de nome Jefferson Cardim, que na condições de exilado, juntou no exílio outros militares descontentes e com vocação leninista, marxista, dando início a suas ações pelo sul do Brasil, sendo desbaratada pelas forças legais do norte do Estado de Santa Catarina.
Na seqüência, foi desbaratada outro foco de guerrilha pelas forças legais no Estado de Minas Gerais em 1967, que ficou conhecida como Guerrilha do Caparaó, que após inúmeras falhas dos guerrilheiros, foi considerada “Nati-Morta”.
Nesta época, dava-se início também, outro foco guerrilheiro pelo norte do Brasil, na selva amazônica, no Estado do Pará, sendo considerada a mais longa e melhor organizada, com apoio de ex-militares, estudantes universitários, políticos e pessoas da região, a qual encerrou-se oficialmente em 1976, quando um grupo de líderes e ex-guerrilheiros faziam o balanço da guerrilha no bairro da Lapa em São Paulo.

1970
Em 1970, no Estado de São Paulo, Vale do Ribeira, vinham sendo registradas atividades típicas de insurgência, ações típicas de guerrilha, tendo como chefe o ex-Cap EB Carlos Lamarca e sendo que para lá , foram deslocados contingentes militares reforçados que incluíam, obviamente, homens pertencentes à milícia estadual. Em um dos combates havidos, O Aspirante a Oficial PM Alberto Mendes Junior foi tomado como prisioneiro pelos rebeldes, sendo, depois friamente assassinado.
O Estopim
Podemos considerar este fato - a morte do PM Alberto Mendes Junior - como a célula-máter da criação do COE, em 13 de Março de 1970.
O fato, dentre outras implicações, evidenciou a necessidade de se constituir uma unidade especializada, no âmbito da Polícia Militar, para desenvolver operações de contra-guerrilha.

A Convocação
Foram convocados nesta época, todos os policiais militares que possuíam o curso de pára-quedista do Exército Brasileiro, ou ex-integrantes das fileiras da até então Brigada Aero-terrestre do Exército Brasileiro, sendo reunidos um número de aproximadamente 300 (trezentos) homens no auditório do QG da Polícia Militar, dos quais após explanação do objetivo, apresentaram-se 103 (cento e três) voluntários, cujo a finalidade foi formar um Pelotão de Operações Especiais (POE).
A iniciativa de formar o POE foi do então Cel PM Altino,Ch EM/PM ( Estado Maior ) e do então Cap PM Raimundo Mota Libório, Cmt DPM, auxiliados pelos 2º Ten PM Getúlio Gracelli e Antonio Augusto de Oliveira.

Os Testes
Após inúmeros teste psicotécnicos e de aptidão física, foram aprovados 33 (trinta e três) voluntários, surgindo, então, o POE, tendo como primeiro comandante o 2º Ten PM Gracelli, cujo quartel era o DPM, no QG.

1 de junho de 1970
No dia 1º de junho de 1970, o POE, mudou-se para a Rua Sargento Advíncola, 197.

11 de janeiro de 1971
No dia 11 de janeiro de 1971, todo o efetivo foi transferido na condição de adido para o 1º BPChq (Tobias de Aguiar), onde permaneceu, como Pelotão até o dia 19 de março de 1971, pertencendo a 2ª Cia-ROTA, passando a denominar-se COE (Companhia de Operações Especiais, sob o Comando do então Cap PM Albino Carlos Pazzeli).

12 de janeiro de 1976
Permanecendo no 1º BPChq até 12 de janeiro de 1976, seu efetivo foi transferido para o 3º BPChq-DPM, passando a integrar a 3ª Cia, denominada CANIL-COE, nas condições de Pelotão, utilizando as instalações do CANIL, retornando em janeiro de 1977, às instalações do antigo prédio onde hoje é a Base COE, por determinação do então Ten Cel PM Cid Benedito Marques, Cmt do 3º BPChq.
O vôo Varig - Electra II
A "Companhia de Operações Especiais" passou a denominar-se “ Comandos e Operações Especiais”, em virtude da análise do emprego do COE na Operação de Anti-sequestro do Avião Electra II, da Varig, em 1972, no aeroporto de Congonhas/SP. Esta ação foi considerada uma ação de Comandos pela 2ª Região Militar do Exército Brasileiro, que concedeu a esta Companhia título de "COMANDOS". Ainda hoje, a única Tropa Policial Brasileira que é Comando é o COE, "Comandos e Operações Especiais", da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

1987
Em meados de 1987, o COE separou-se do CANIL, formando a 2ª Cia-COE, do 3º BPChq, tendo como Cmt o Cap PM Oswaldo Santana.

1989
Em 1989, o COE, passou à 1ª Cia, do GPOE (Grupamento de Polícia de Operações Especiais) até meados de 1993, sob o Cmdo do então Cap PM QOPM Gerson Gonçalves Branchini.

1993 (meados)
Fim do GPOE e reincorporação ao 3º BPChq na condição de 4ª companhia sob o comando do capitão PM Arivaldo Sergio Salgado.
O Presente
A partir de 12 de dezembro de 2008, conforme Boletim Geral PMESP nº 236, foi criado o 4º Batalhão de Polícia de Choque com sede na cidade de São Paulo, mediante a divisão do 3º Batalhão de Polícia de Choque. Suas subunidades subordinadas são : COE (1ª Companhia), GATE (2ª Companhia) e o CANIL (3ª Companhia). A 1ª Companhia - COE - é composta por 4 (quatro) pelotões operacionais com regime de trabalho de prontidão e 1 (um) pelotão de apoio que se divide em Sargenteação, Manutenção, Almoxarifado e Gabinete de Treinamento.

O COE, funciona como tropa reserva do Cmt Geral PMESP e tem por missões:
· Operações Especiais Policiais Militares
· Busca e captura de marginais homiziados em locais de difícil acesso
· Busca e resgate de pessoas perdidas em locais inóspitos
· Repressão a rebeliões graves em estabelecimentos prisionais
· Ações onde hajam reféns, seqüestros, raptos em áreas rurais
· Apoio a outras Unidades da Corporação ou Forças Armadas
· Busca e Resgate de pessoas em aeronaves acidentadas em locais de difícil acesso ( como por exemplo, o acidente que vitimou o conjunto musical Mamonas Assassinas)
· Escolta e segurança em Operações de Transporte de Valores (OTV)
· Patrulhamento e repressão a grupos do crime organizado, em locais de alto risco
· Apoio ao Corpo de Bombeiros no Resgate e Salvamento em catástrofe em grandes acidentes, tais como, como incêndio dos Edifícios Andraus e Joelma, Grande Avenida, CESP, queda de aeronaves nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos entre outros.
Seleção
O COE é composto por Policiais Militares voluntários e selecionados na Corporação que, após vários cursos de capacitação profissional em mergulho, montanhismo, pronto-socorrismo, atiradores de elite, radiocomunicação, conduções de pequenas embarcações com motor de popa e remo, artes marciais, sobrevivência na selva, navegação e orientação em áreas de selva; passam a integrar os Pelotões de Operações Especiais.
Resistência
Os homens do COE, devido a especialização e a rusticidade de suas missões e a sua larga capacidade de resistência, estão habilitados a superar obstáculos como:
· O terreno
· O tempo
· A fome
· A chuva
· O sono
· O desgaste físico e mental
· A solidão
· A distância
A Missão
Também é capaz de orientar e proteger a vida humana, a natureza, preservando a ecologia nas áreas de selva ou floresta, sempre superando as deficiências com denodo, criatividade, desprendimento, humildade e esforço no bem cumprir da sua missão, seguindo a premissa: "Com o Sacrifício da Própria Vida"; se assim, necessário for.

Grito de guerra
· "SELVA!"

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